quarta-feira, 24 de março de 2010

O QUE É HIPERTEXTO?

Hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual agrega-se outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. Esses links ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de interconectar os diversos conjuntos de informação, oferecendo acesso sob demanda as informações que estendem ou complementam o texto principal. O conceito de "linkar" ou de "ligar" textos foi criado por Ted Nelson nos anos 1960 e teve como influência o pensador francês Roland Barthes, que concebeu em seu livro S/Z o conceito de "Lexia"[carece de fontes?], que seria a ligação de textos com outros textos.

HIPERTEXTO

A partir dessa navegação, percebi que hipertexto agrega outras informações, no qual, uma informação me leva a outra. A partir do hipertexto percebe-se que todas as informações estão interligadas, como se fosse uma rede. São os links que facilitam entrar no exato momento em uma outra informação e realizar a pesquisa sobre um determinado assunto. O Link se caracteriza por palavras chaves. Exemplo: entrando em hipertexto, vou me deparar com a palavra digital, que me leva a palavra internet, da internet a palavra política e assim sucessivamente.

Vídeo TV Escola - Proposta Pedagógica

Contexto pedagógico: Numa aula de filosofia no qual se aborda questões de ética e problemas ecológicos, percebemos que temos um “monstro” montado sobre nossa querida mãe terra que é o capitalismo. A crise que vivenciamos nos dias atuais é uma crise radical que abarca nossa cultura. Ela diz respeito ao paradigma que criamos ao longo da humanidade. Que paradigma estou me referindo? Aquele do desenvolvimento ilimitado, da vontade do poder como dominação sobre os demais e sobre os povos menos favorecidos e nossa querida mãe terra. O grande desafio é buscar construir uma ecologia sustentável.

A partir do contexto pedagógico citado acima eu utilizaria o seguinte vídeo e a seguinte sugestão de aula:

Vídeo: Meio ambiente – TV Escola
(Brasil das águas, energia solar, agricultura orgânica, água fonte de energia, rio cristalino, reservas hídricas do Brasil).

Sugestão de aula: Trabalho em grupos.

Justificativa do trabalho: Em uma turma aproximada de trinta alunos, se organizará seis grupos compostos de cincos integrantes, após da exibição dos temas mencionados acima o professor distribuirá a cada grupo uma temática. Para o trabalho em grupo os alunos trabalharam em base as seguintes questões depois serem apresentadas para toda a turma:

· Que relação tem a ética com o tema meio ambiente?
· O sistema atual de fiscalização dos recursos naturais som respeitados pelos cidadãos?
· Que sugestões dariam as atuais autoridades de sua cidade ou comunidade para preservar os recursos naturais?
· De que forma cada um de nós podemos aportar para a preservação dos recursos naturais de nosso país e mais especificamente de nossa comunidade local?

quarta-feira, 17 de março de 2010

Trabalho com Projetos

O sujeito moderno cartesiano, que se auto justifica a partir da própria atividade reflexiva da consciência, tinha como objetivo criar os meios para que o homem se tornasse "senhor e dominador da natureza" (René Descartes). Essa visão da ciência moderna criou uma arma poderosa que coloca em risco, a partir do sistema capitalista moderno, a destruição de nossa única casa que temos para morar que é o planeta terra. A disciplina de Filosofia nos faz pensar e atuar concretamente, de que forma podemos impedir esse biocídio que assola nossa vida e das futuras gerações.

Para saber mais Clique Aqui.

quarta-feira, 3 de março de 2010

O Professor pesquisador e reflexivo - Antonio Nóvoa

Vemos que na educação se avançou muito em termos da análise teórica, no ponto de vista da reflexão, mas se formos analisar de uma forma profunda, vemos que se avançou muito pouco nas práticas da formação de professores e de nossos recursos para a formação desses professores.

Educação e tecnologia - DOWBOR

"Temos tanta bobagem na televisão..." Ladeslau Dowbor.

A escola nos dias atuais deve ser articuladora do processo de transformação na vida dos educandos. Creio que o grande desafio hoje é despertar o senso crítico frente as milhares de informações que bombardeiam nosso dia-a-dia. Frente as constantes tranformações que o processo tecnológico apresenta, temos que selecionar o conteúdo que recebemos através da mídia e é função sim da escola, organizar os diversos temas que fazem parte da vida dos educandos e vermos esses fatos desde uma perspectiva crítica. Com isso, a educação deverá estrapolar os muros da escola e estabelecer uma linguagem entre escola e sociedade.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Filosofia

Delineando a metafísica de Platão, Descartes, Kant e Heidegger


Escrito Por Katiano Picinini

Platão (428 – 348 a.C) é um pensador que merece grande destaque, pois ele é responsável por toda uma metafísica ocidental. Metafisicamente falando, o escrito programático da Academia platônica, é que todo o conhecimento humano não se reduz ao conhecimento empírico (experiência) através dos sentidos, mas sim, ao pensamento conceitual. Para Platão, o fundamento da verdade não é o mundo empírico, mas o mundo do pensamento (que capta a estrutura racional da coisa, sua essência), no qual, Platão denominou o Mundo das Idéias, que está contido a essência de todas as coisas e está muito além de nós naturalistas (possível via intelectiva). A verdade, para Platão, encontrou um princípio de certeza na alma humana, em forma de conceito e não nas coisas (metaforicamente as sombras da caverna, sendo o Mundo Sensível / Imperfeito). Assim, a atividade ou o movimento noético (busca da verdade última do ser) é que gera a verdade da coisa, onde para Platão é possível fundar o intelecto na própria alma humana, na qual, forma-se um elo entre a alma humana e a Verdade. Portanto, para Platão é o intelecto é aquele que desvela a verdade, sendo no eidos (nas Idéias) que se situa a verdade da coisa e isso se dá através do movimento intelectivo ou noético que gera essa verdade, ou seja, a essência de cada coisa. Para Platão, o hipokeímenon, seria aquilo que se encontra sob o ente, ou seja, nossa realidade (m. sensível) é sustentada por o mundo verdadeiro, o Mundo das essências (M. das Idéias: no qual as almas antes de habitarem o m. sensível conheciam as coisas inteligíveis). Assim, nossa cultura ocidental foi constituída por essa dicotomia entre o M. das essências ou M. das Idéias (contêm as infinitas essências de todas as coisas) e o M. das aparências, sendo esse último mimesis (cópia) do M. das idéias. A alma só é se ela é em seu logos, ou seja, quando ela defini. Platão é um pensador de extrema importância, onde influenciou toda uma cultura ocidental, que mais tarde será criticado por alguns pensadores contemporâneos, como por exemplo Nietzsche, no séc. XIX. Platão deu grande influência ao cristianismo, essencialmente com a era da Patrística, como por exemplo à influência na concepção agostiniana. Aristóteles discípulo de Platão, denominou que para que um corpo estivesse em movimento, necessitaria do motor imóvel, responsável pelo movimento desse corpo. Assim, como a concepção filosófica de Platão influenciou a de Agostinho, a de Aristóteles teve grande mérito em Tomás de Aquino (séc. XIII).

Já com Descartes na modernidade, o senhor e dominador de todo o conhecimento, aquele que imprime no mundo as formas é o Cogito (autoconsciência). Pois para a filosofia cartesiana, a metafísica é uma metafísica do conhecimento, que se dá no Cogito, sendo uma estrutura epistemica. O Cogito é a grande estrutura cartesiana de todo o edifício do conhecimento. Com Descartes, na linha da epistemologia, o Cogito é o princípio de certeza, onde não é mais necessário de remeter um heteros divino, mas o Cogito é causa sui. Na linha da Ontologia, é igual aos medievais, ou seja, Deus é responsável pela autopreservacão e garantidor de todos os seres finitos.

Com Kant, sendo ele o coroador da modernidade (séc. XVIII), o principio de certeza é o “eu penso”. O “eu penso” kantiano é a estrutura de todo conhecimento. Kant delimitou até onde o ser humano pode conhecer. Assim, a metafísica kantiana é uma metafísica das aparências (o fenômeno). Assim, o sujeito kantiano está constituído pelo “eu” estético e o “eu” lógico. Para Kant, o ser humano não pode conhecer Deus, pois Ele não faz parte nem do tempo e nem do espaço, mas o ser humano tem por obrigação pensá-lo.

Até Kant, se constituiu um princípio de certeza. A partir do ateísmo nietzschiano no século XIX, vemos que as referências metafísicas caem por terra. Segundo nosso filósofo alemão Nietzsche, Deus morre e as tábuas dos valores se rompem. Já com a concepção heideggeriana, não se tem mais um princípio de certeza e nem precisa. A grande crítica de Heidegger à metafísica tradicional é o esquecimento do ser, ou seja, para Heidegger desde Platão, pensavam que estavam fazendo uma ontologia ontológica, mas fizeram uma ontologia ôntica, ou seja, centrou-se no seres e como conseqüência o esquecimento do ser. O dasein na concepção heideggeriana, é o ser lançado no mundo, sendo o único capaz de uma investigação sobre o sentido do ser, vítima do esquecimento tradicional ocidental. Enquanto para Platão, a alma humana, para Descartes, o Cogito e para Kant o “eu penso”, era o princípio de certeza e a busca da verdade estava fora do mundo, com Heidegger o horizonte é o mundo, ou seja, não existe uma relação sujeito – mundo, agora é o dasein o ser-aí no mundo. Assim, a pós-modernidade é a não definição. Hoje diante de tantos mecanismos, não conseguimos mais ter um princípio de certeza e de garantia para a vida humana, ao contrário, o que rege a vida humana é o grande vazio.